quinta-feira, 27 de agosto de 2009

um mundo de idéias

e o papel branco...
prostrado a minha frente,
sempre em branco...
ditando meu silêncio...
branco...
ameaçando-me certo agouro
diante das palavras...
brancas

e eu,
extremista que só....
definitivamente não escrevo...
não me dou a esse direito...
seria uma audácia,um sacrilégio,
sem você por aqui...

desculpe o exagero...
desse amor paradoxo,
que ora não se importa,
ora morre por você...

entenda como quiser...
amor banhado em ódio,
esqueça-me se não vier...

nem p'ra dizer que vai embora...
nem p'ra protestar qualquer importância...
nem p´ra dizer que nunca existiu...

então não há um grito,
um "eu te amo" a minha janela
nenhuma serenata, nem surpresa
nenhuma garganta sedenta por beijo meu

e o vazio toma conta...
e o ócio toma conta,
da cabeça que não existe mais,
esta em ti...
e você, não está aqui...