quarta-feira, 11 de maio de 2011

De uma maneira ou de outra, lembrei de você.

Eu costumo escrever de amor,
viver de amor, tudo assim, meio cor-de-rosa
como valsa, como bossa...

palavras voando...borboletas...
como as do estômago, só mais fulgazes...

hoje não, hoje vêm em marcha
tiros certeiros, tempo marcado
a caneta registra a mancada
vestida de sangue azul

o poema foi deposto
deu lugar ao desalinho
e eu não hesito nem rio,
nao vivo nem morro,
só escrevo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Um Bom Vinho...

 Um bom vinho é sempre um bom vinho;se esperarmos envelhecer antes de consumi-lo por inteiro, melhor ainda.

 Pensei nisso quando vi você entrando pela porta daquele restaurante, com um Chardonnay. Engraçado lembrar que sempre tomamos vinhos...bons,ruins,baratos...sempre bebemos até esvaziar a garrafa e arremessa-la rua abaixo.E esse, era exatamente o meu medo... nunca soube se aguentaria esperar ver amadurecer os nós, antes de consumi-lo por inteiro, e sorver tudo que tinha de você para saber.




terça-feira, 3 de maio de 2011

volta e meia aparece
esse vazio turbulento em mim...
não sabia que o nada doía tanto,
e ocupava tanto espaço, e tempo...

volta e meia eu fico sem lugar dentro do prórpio corpo,
indo de canto a canto da cabeça,
procurando algo a me entreter,
e nada vem, e nada tem...

volta e meia dói, e eu nem sei onde
e eu corro e fujo
e nem sei de quê...é do nada então
maldito seja...

volta e meia eu esvazio o que sinto,
dou descarga, faço faxina,
vou lavando com lágrimas pesadas
detergentes...


pra provar esse nada mais uma vez...