sexta-feira, 13 de novembro de 2009

dona Flor

amantes de 5 minutos
o sexo que ele lhe dava
cobria-lhe as coxas brancas de beijos
aquele beijo tão molhado...

mãos nas ancas a fazê-la gritar
o suor escorria-lhe pelas costas...
marcas de desejo na pele alva da distinta senhora
a desculpa esfarrapada que ao outro inventaria...

mas aquele amor que era amor...
torpor puro...animalesco,bestial...
esses desejo e paixão,
nunca tivera do outro...

esse não,
tinha uma palheta de cores nas mãos,
pintava aqueles atos de luxúria com amor...
e todo aquele emaranhado de mãos frenéticos
que marcavam seu encontro...

despudorava-se com luxúria à presença dele...
florescia... a esposa cinza, florescia...
a prostituta mais voluptuosa...a ninfeta doce..
era para o amante o que queria...
o que ela queria...

ah,se soubessem os vizinhos ...
que a Candida dona Flor,
beata, devota...
era tão amoral naquela cama de cafofo...

não se importava...
era a mulher perfeita para seu marido..
café pronto,sexo dedicado...
todas vontades atendidas a mesa...
com esmero...

mas o desejo era do outro...
e agora o amor...era do outro...
e seu corpo, de verdade... do outro...

(casos e descasos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário