domingo, 31 de março de 2013

Sonhos de um conto de...

Mea-culpa, meia culpa, des-culpa...

se fosse sem joguete, sem ludíbrio, sem tratantada.
se fosse preto no branco,
verdade com verdade,
amores declarados,
ciúmes vociferados,
mágoas enunciadas.

tudo passional mesmo.
como são os sentimentos,
mesmo os de desistência...

se fosse show burlesco,
poema sem rima,
texto sem diagramação.

se fosse  você  e eu,
lendo nossas cabeças,
sem censura,
sem ditadura do ego,
sem ditadura do medo.

e se fossemos sempre honestos,
mesmo consigo mesmo,
mesmo sendo paradoxo,
mesmo sendo um defeito....

e em tudo quanto fosse canto ninguém duvidasse,
ninguém mentisse,
ninguém ludibriasse,

doeria menos,
não doeria?

poeta seria atração,
ator profissão difícil,
e juiz não seria preciso,
já que de justo todo mundo teria um tantão.

mas precisa ter desfoque,
precisa ter premiação.

é preciso ser o bom,
é preciso se proteger de quem se ama,
é preciso não admitir falhas,
é preciso dizer,
que tendo dito tudo isso,
a máquina seja o computador.


cansei de coisas assim, queria algo de criança,
verdade escrita e declarada em bala frigeels,
com erro de português e sem a menor dúvida,
de quão eu sou para você.

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