quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

se não faço é só por temer
de a morte não ser o fim
e se caso possa ser
ser o final, enfim

covarde diante do precipício
apenas me deixo ficar
a inércia como vício
o julgamento a me fitar

não há de ser culpa de ninguém
nem tampouco loucura assim
se nem o bem me faz bem
que há de ser de mim?

rezando um golpe de vento
me levar pra perto do chão
que o tempo faz rebento
que há de a vida tornar grão

E se o acaso me levar
num infortúnio fim
saiba que hei de gostar
da sorte ter levado a mim

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