domingo, 11 de setembro de 2011

Mácula de Artista

eu sempre hesitem entrar no tablado
já fui o bêbado e a equilibrista
fui fazer fama de artista
entre o bem e o mal amado


teatro adentro conheci amor
de shakespeares e de cecilias
vi do oriente,mil maravilhas
provei veneno,traição e dor


mas foi em um sorriso ator
que fiz morada verdadeira
e fiz de minha arte, a primeira
como um verso redentor

quando ao fim do terceiro ato
era ele o herói  envenenado,
supus a morte do amado
e veio em mim o desbarato

num rompante de choro
fui eu quem chamei o pranto
mas o artista era tanto
que a morte aplaudiram em coro

foi tamanho o desalinho
que atirei-me janela ao chão
tamanha a queda que então
provei da vida descaminho

mas era cena de sofista
morte em ato consumado
e meu amor já prostrado
era mácula de artista



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