eu sempre hesitem entrar no tablado
já fui o bêbado e a equilibrista
fui fazer fama de artista
entre o bem e o mal amado
teatro adentro conheci amor
de shakespeares e de cecilias
vi do oriente,mil maravilhas
provei veneno,traição e dor
mas foi em um sorriso ator
que fiz morada verdadeira
e fiz de minha arte, a primeira
como um verso redentor
quando ao fim do terceiro ato
era ele o herói envenenado,
supus a morte do amado
e veio em mim o desbarato
num rompante de choro
fui eu quem chamei o pranto
mas o artista era tanto
que a morte aplaudiram em coro
foi tamanho o desalinho
que atirei-me janela ao chão
tamanha a queda que então
provei da vida descaminho
mas era cena de sofista
morte em ato consumado
e meu amor já prostrado
era mácula de artista
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