domingo, 5 de fevereiro de 2012

joelhos ao chão

Era atípico ao menos, eu o vi de longe e logo enamorei...
ensaiei cada detalhe do futuro em comum e fui.  De atirada mesmo, me joguei.
Não poupei de demonstrar a minha simpatia por ele, a minha paixão mesmo.

  No início ele viu com desdem pra todo aquele interesse, me olhou de cima e não deu bola pro meu ego frágil...não me poupou descaso, não cuidou da minha sensibilidade e simplesmente disse que eu não aguentaria viver com ele assim,de mãos dadas por aí.Eu fiquei partida e naquela hora decidi que não queria mais.

 Fiquei gastando as noites no quarto pra esquecer o maldito e não esqueci. Parei tentando recaptular tudo, pesar, medir...tentar enxergar uma vantagem em qualquer um dos lados, que me fizesse sair da dúvida com algo  mais racional que jogar na loteria, mas era meio a meio, bom e ruim em qualquer escolha...deixa-lo ou ficar aqui de vez, e mergulhar de cabeça... eu não era completa em nenhum dos extremos...

 E fiquei entre seguir o coração ou algo mais inteligente...e segui o coração...

Me coloquei na frente dele, sem nenhum ensaio ou fala programada...joelhos ao chão e gritei bem alto pra todo mundo ouvir:
- Futuro, hoje você é meu e eu vou fazer com você o que eu sempre quis.... você me ama e me deseja com anseios inquestionáveis e eu exijo, com o direito de quem quer muito, que você se separe do destino, ele é uma farsa, fique comigo...

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